sábado, 15 de maio de 2010

Nanorrobô feito de DNA dá os primeiros passos

Robô molecular
Cientistas norte-americanos criaram um robô molecular autônomo, feito com fitas de DNA, que é capaz de se mover, parar e virar ao longo de uma pista também construída com moléculas de DNA.
A miniaturização dos robôs, fazendo-os encolher até a escala molecular, poderá oferecer aos cientistas ferramentas para atuar em nível molecular que trarão os mesmos benefícios que os robôs e a automação trouxeram para a escala macroscópica.
Embora ainda estejam longe de se tornarem práticos, os robôs moleculares poderão ser programados para avaliar o ambiente ao seu redor por meio de sensores, detectando, por exemplo, moléculas no interior das células que indiquem a presença de doenças.
Robô de DNA
Em teoria, esses nanorrobôs poderão ser capazes de tomar uma decisão - decidir se uma célula é cancerosa ou não - e agir com base nessa decisão - descarregar drogas que eliminem células cancerosas, por exemplo.
Embora o conceito seja promissor, há muitos problemas práticos a serem vencidos. O robô molecular agora demonstrado também pode ser chamado de "moléculas que se comportam como robôs". E como programar moléculas para que elas desempenhem tarefas complexas?
"Na robótica normal, o próprio robô contém as informações sobre os comandos, mas com moléculas individuais você não pode guardar essa quantidade de informações. Assim, a ideia é manter as informações sobre os comandos fora do robô," explica o Dr. Nils Walter, da Universidade de Michigan.
Walter é um dos membros da equipe que construiu o nanorrobô de DNA, que inclui ainda cientistas das universidades de Colúmbia, Arizona e Caltech.

Extraido de :
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nanorrobo-dna&id=010180100513&ebol=sim

domingo, 9 de maio de 2010

Graduação em Nanociência



Universidade abre graduação em Nanotecnologia Fascinante é poder tocar em algo que ninguém vê. Encontrar soluções tecnológicas que durante muito tempo só podiam ser imaginadas. Que tal um micro-robô agindo na corrente sanguínea? Ou a Bíblia inteira em um espaço menor que a ponta de um lápis? Pois o caminho para a nanociência agora começa mais cedo no Brasil. Em 2010, as universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Rio de Janeiro (UFRJ) inauguram graduação em Nanotecnologia, a medida de distância que permite construir microartefatos que prometem revolucionar o futuro.A nanociência já está em discos rígidos e chips dos computadores pessoais. Mas isso é só o começo. Estruturas com dimensões na escala nanométrica (1 nanômetro = 1 bilionésimo do metro) podem ser usadas na fabricação de nanopartículas para atingir células doentes, dar maior funcionalidade aos alimentos, produzir carros inteligentes e menos poluentes, turbinar cosméticos e produzir roupas que prometem perfumar, hidratar e até proteger contra raios ultravioleta.Para que tudo isso vire realidade, ao alcance da sociedade, não há mais como esperar a formação de pesquisadores em mestrados e doutorados. E a rede federal saiu na frente.– Em breve, os produtos e os processos nanotecnológicos irão movimentar de forma importante a economia mundial. A graduação é estratégica para o país – diz Rodrigo Capaz, professor do Instituto de Física da UFRJ.Abrir as portas da nova ciência a quem busca uma profissão é também desafio da UFRGS. Para isso, a instituição desmembrou o curso de Física em quatro bacharelados. E, além da graduação dedicada exclusivamente a Materiais e Nanotecnologia, com 20 vagas, criou a Engenharia Física, que apresenta um currículo voltado para a área, também inédito no Estado.– Ao ingressar em uma carreira em nanotecnologia, o jovem deixa de ser passageiro para dirigir parte da história – diz o professor Cristiano Krug, um dos criadores do curso na UFRGS.A professora Marcia Barbosa, diretora do Instituto de Física da UFRGS, aponta as empresas que funcionam na universidade como primeiro emprego aos alunos. A pesquisa também é uma possibilidade no mercado. Para preparar os alunos, cada instituição tem uma fórmula. Na UFRJ, o currículo possibilitará ao estudante um ciclo básico de dois anos em matemática, física, química e biologia. Só depois, o aluno poderá optar por uma das três ênfases: física, materiais e bionanotecnologia. Na UFRGS, há uma raiz de disciplinas do curso de Física e, a partir do segundo ano, entram as disciplinas específica. Fonte: ZH Vestibular

terça-feira, 4 de maio de 2010

Nanopartículas podem proteger contra radiação.

Os investigadores do Albert Einstein College of Medicine, NY (EUA) testaram com sucesso a estratégia em modelos com ratos e concluíram que a utilização das nanopartículas em pacientes humanos pode ser promissora no futuro.
A radioterapia é usada para matar as células cancerosas e diminuir os tumores, mas a quantidade de radiação deve ser limitada, uma vez que a técnica também danifica as células normais.
Radioterapia em ação em uma clínica de oncologia moderna.Créditos: iStockphoto/Armagan Tekdoner.
A melanina, pigmento natural que dá cor à pele e ao cabelo, ajuda a proteger dos efeitos nocivos da luz solar e pode ter o mesmo efeito contra a radiação.
"A técnica de blindagem dos danos causados às células normais pela radiação permitiria a administração de altas doses de radiação nos tumores, tornando o tratamento mais eficaz", disse a autora do estudo Dra. Ekaterina Dadachova.
Os ensaios clínicos para testar se as nanopartículas melanized pode proteger pacientes com câncer submetidos a radioterapia poderia começar dentro de dois a três anos, segundo previsão da Dra. Dadachova. Ela também observou que as nanopartículas "melanizadas" também poderiam ter outras aplicações, tais como a proteção dos trabalhadores envolvidos na limpeza acidentes nucleares, proteção de astronautas contra a exposição à radiação no espaço, ou mesmo proteger as pessoas após um ataque nuclear.
PPO/Science Daily.

Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia, de título: "Melanin-Covered Nanoparticles for Protection of Bone Marrow During Radiation Therapy of Cancer", de autoria de A. D. Schweitzer, E. Revskaya, P. Chu, V. Pazo, M.Friedman, J.D. Nosanchuk, S. Cahill, S. Frases, A. Casadevall e E. Dadachova, foi publicado no periódico International Journal of Radiation - Oncology, Biology, Physics, 2010, DOI:10.1016/j.ijrobp.2010.02.020.