terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Os segredos do nascimento dos fulerenos são revelados.

Extraido de LQES NEWS




Após sua descoberta, em 1985, os fulerenos, moléculas em forma de bola de futebol, continuam fascinando químicos e físicos. Pesquisadores da Universidade de Rice (EUA), utilizando um microscópio eletrônico, descobriram que essas moléculas se formavam segundo as teorias propostas e as simulações numéricas realizadas.

O mais famoso dos fulerenos, e a primeira molécula desse tipo, descoberta na Universidade de Rice por Richard Smalley e seus colegas, é uma molécula de C60, portanto com 60 átomos de carbono, formando uma rede que lembra uma bola de futebol ou ainda as famosas cúpulas geodésicas imaginadas pelo arquiteto visionário americano Richard Buckminster Fuller.
Aliás, o termo fulereno deriva de seu nome, empregando-se também em inglês o termo buckyball, para falar dos fulerenos em geral, assim como Buckminsterfullerene para a molécula C60.

Os fulerenos são casos particulares de grafeno e, como eles, são susceptíveis de numerosas aplicações interessantes, principalmente em relação com os nanotubos de carbono. A Academia Sueca não se enganou ao ter entregue o Prêmio Nobel de Química de 1996 a seus descobridores.

Boris Yakobson e Jianyu Huang se dedicaram recentemente a compreender melhor como essas moléculas podiam se formar, inicialmente por simulações numéricas, depois estudando com um microscópio eletrônico o que se passa no interior de um nanotubo de carbono de 10 nanômetros de largura, mantido à temperatura constante.
Conforme as teorias propostas por Richard Smalley e seus colegas, os fulerenos deviam se formar em alta temperatura, a partir de milhares de átomos de carbono. Estes, então, se juntariam para formar folhinhas de grafeno que, sob a ação da agitação térmica, se resfriariam, se dobrariam sobre si mesmos a fim de se "despedaçarem", para não deixarem senão estruturas mais estáveis em razão de sua forma esférica.

Os autores verificaram que, um grande fulereno, formado de pelo menos 2000 átomos, se forma em um nanotubo, a partir de folhinhas de grafeno, e rapidamente "se encolhe" para dar, provavelmente, fulerenos menores, exatamente segundo o processo predito pelos pesquisadores.

Compreendendo melhor sua síntese, os pesquisadores poderão, no futuro, fabricar como desejarem o tipo de fulereno melhor apropriado às suas aplicações.

Futura (http://www.futura-sciences.com), consultado em 02 de novembro, 2007 (Tradução - MIA).

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